Amor de Filha (Parte 13)
Relatos de como desenvolvi meu relacionamento com meu pai.
ESTE RELATO É UMA CONTINUAÇÃO! SE NÃO LER AS PARTES ANTERIORES , ACHO QUE FICARÁ PERDIDO.
VOU ABRIR UMA NOTA NO COMEÇO: Tentei, e tentei muito evitar as partes ruins ou contar elas superficialmente, mas essa parte não dá. NÃO VAI TER SEXO NESSE CAPÍTULO E ELE FOI MUITO DIFÌCIL DE CONTAR, por isso demorei tanto. Eu remoía demais essa parte. Então sinto muito… Eu travei demais pra liberar isso.
Como relatado, tive minha primeira experiência anal. Foi, pessoalmente, um misto de emoções e pensamento. Dor, novidade, tesão… Mas, o que mais havia me toado era que minha primeira experiência anal, não tinha sido com meu pai. Eu não sabia dizer o que estava sentindo com aquilo… Luiz foi, naquele momento, diferente para a minha concepção. Parecia que ele tinha um pedaço de mim com ele.
Mas, fora meus pensamentos, tomei um banho e voltamos pro filme, mas Luiz dormiu. Dormiu pesado. Eu não consegui deixar de reparar em como ele roncava pesado. Meu pai, quando fazíamos sexo antes de dormir, também dormia pesado. Esses detalhes eu ia pegando, guardando aquilo como uma “intimidade” na minha cabeça, e sempre comparava Luiz com meu pai.
Eu assisti o filme por partes, e ao invés de tentar dormir, eu peguei meu telefone. Tinha muita mensagem. Muita ligação. Muita, muita mesmo! Foi aí que eu levantei com cuidado, fui pra sacada do quarto do Luiz e fiquei lá fora. Aí resolvi ligar. Eu até pensei que ele já podia estar dormindo, porque já era bem tarde, mas ele atendeu muito rápido.
— Priscila?
— Pai?
— Onde você tá, neném?
— Não precisa ligar tanto, tá tudo bem.
— Fala pra mim onde você tá. Eu não vou brigar com você. Só vem pra casa.. — Eu comecei a encher o olho de água. — Neném, só me fala onde você tá. O pai te busca e vai ficar tudo bem. — Meu pai não era de chorar, não me lembro disso. Mas a voz dele estava estranha, em um tom bem diferente. — Só me fala onde você está. Não tem problema onde é, eu te busco.
Eu engoli tão fundo, que não aguentei a vontade de chorar.
— Tá… — respondi chorona.
Eu desliguei o telefone, escrevi o endereço e mandei pra ele. Tentei enxugar as lágrimas, passei uma água no rosto e juntei minhas coisas na mochila quietinha. O Condomínio era vinte e quatro horas, então não precisei acordar o Luiz. Só deixei uma mensagem, e esperei meu pai do lado de dentro. (Vou pular a parte de ser mais nova, estar de cabelo molhado e com o olhar estranho do porteiro pra mim. Eu tive quase certeza de que ele estava tentando ligar pro Luiz enquanto eu esperava.) Quando o carro encostou, o porteiro abriu e eu saí. Apesar da minha suspeita, ele não me impediu.
Meu pai olhou minhas pernas quando entrei, meu cabelo meio molhado ainda, mas não falou nada. Eu estava de short curto, blusa de frio e ele estava de camisa e short. Ele realmente não brigou comigo, mas foi quieto até em casa. Quando chegamos em casa, Sara estava acordada na cozinha. A irmã dela, provavelmente, estava dormindo no quarto com o Felipe. Eu passei direto, ela reclamou de alguma coisa e meu pai veio atrás de mim com a minha bolsa.
Ele fechou a porta, eu sentei na cama, ele chegou perto e pegou uma mecha do meu cabelo umido. Eu olhei pra cima, vi pela cara dele que ele estava muito, mas muito mesmo, puto comigo. Só que aí a Sara bateu na porta, bateu na porta e abriu em seguida.
“Prestem atenção, quem não quiser entender, ler ou saber dessa parte, é o momento de se retirar. O que está escrito daqui para baixo, é muito forte.”
Ela viu aquilo, bateu palmas com ironia e olhou pro meu pai. A Sara tinha uma gana absurda para se aproveitar de uma situação para deixar tudo pior.
— De madrugada, essa menina desse jeito e com o cabelo molhado. Amanhã tá grávida e ninguém sabe de quem é! Isso aí é o respeito que você me cobra? Adolescente e vagabunda. Olha isso! Desde quando uma família de respeito sai de madrugada para buscar filha fazendo putice? Porque, pra ser puta, não tem idade, só tem idade na hora de vir bancar a valentona comigo.
Meu pai soltou meu cabelo, eu só baixei o rosto e juntei as mãos no colo. Eu não sei o porquê, mas me derramei no choro.
— Era melhor eu não ter voltado. — eu nem sei se ele ouviu, mas eu realmente havia me arrependido de ter saído da casa do Luiz.
A Sara abriu a boca, começou a falar que eu não era grande pra apanhar, mas era grande pra ser uma vagabunda. E eu não sei o que deu no pai. Ele tinha trinta e sete anos e nunca, nunca, nem com a raiva que ele passou com a minha mãe na vida, eu nunca vi meu pai batendo em mulher. Gente, na hora que ele virou, eu assustei, encolhi as pernas na cama, arregalei os olhos e me coloquei no canto, completamente assustada!
Meu pai virou já com a mão levantada. A pancada foi seca! Meu pai tinha força, a Sara não dava com aquilo não! Gente a mulher caiu de primeira no chão, assustou e levantou a mão pro alto, pra não levar outra na cara.
— Jonas, pelo amor de Deus, Jonas… Jonas, não… Pelo amor de Deus, Jonas…! — Ele baixou a mão, pegou de novo e fez outra vez. — Jonas…! Jonas…!
Foi um momento muito rápido, mas eu tremi e me assustei. O surto violento tinha pego meu pai, e ele deu outro golpe. Ele fechou a mão, desceu o punho e a Sara não conseguiu nem gritar direito. A voz dela cedeu, e acho que a pancada foi tão forte que ela ficou desnorteada. Eu não conseguia nem respirar direito… Meu coração ficou batendo tão forte, que eu achei que ia desmaiar de susto.
Foi a irmã da Sara que gritou assustada, conseguiu empurrar meu pai e estendeu os braços quando viu ele de mão fechada de novo.
— Jonas… Cê vai matar ela, Jonas! — Ela tava toda tremida, eu fiquei assustada e a Sara, dessa vez, não gritou mais. — Fica calmo, Jonas. Não faz isso não. Tua menina tá aí ó, te olhando assustada. Não faz isso não, homem!
Ele olhou pra trás, eu olhei pra ele e não consegui me mexer. Eu nunca tinha visto meu pai bater em mulher. Ele voltou a olhar a Sara, a irmã tentando ajudar e o rosto dela fez uma bolota vermelha na hora. Tinha sangue na beirada do Nariz… Gente, eu surtei e precisei de muito puxão de cabelo pra deixar ela ruim, meu pai deu dois socos, quase matou a mulher!
— Pega as tuas coisas e some da minha frente, Sara. — A irmã dela segurou ela, concordou com a cabeça e a mão estendida, mas mexeu a cabeça toda desesperada concordando com ele.
Meu pai saiu do meu quarto, fechou a porta e as duas ficaram lá. Eu consegui piscar, senti meu corpo fraquejando e quase tive um “treco” alí mesmo. Mas foi passando. O medo foi passando, aí sim eu me ajeitei pra deitar. Eu não quando eu consegui dormir naquela noite, mas fiquei muito tempo de olho arregalado, tremendo e com o coração disparado.
Eu nunca consegui esquecer aquilo.
No dia seguinte, eu acordei com meu pai batendo na porta. Quando ele entrou, eu estava tentando me sentar. Ele estava com a camisa aberta e mexia nos botões, mas fechou a porta e ficou me olhando sério enquanto fechava a camisa.
Eu não tremi, não senti medo, mas também não consegui me mexer.
— Sua mãe me ligou, disse que você confirmou que vai mais cedo. — Ele respirou fundo, parecia que ele estava pilhado. Eu acho que ele não dormiu, mas eu não podia dizer isso com certeza. — Eu vou assinar uma autorização pra você sair mais cedo. À tarde você arruma suas malas.
Coloquei as pernas pra fora, segurei as mãos e perguntei sem olhar.
— O senhor tá bem?
— Não. — Ele foi bem direto pra responder. — Mesmo com você tenha voltado fedendo a puta, eu não sou idiota e sei que você está tentando ficar fora de casa. Eu disse que não ia brigar com você por isso, e eu não vou. Mas eu realmente perdi as estribeiras com a Sara. Eu cheguei no meu limite, e coloquei todo meu próprio esforço a perder. — Eu ainda fiquei parada, até ele mandar. — Vai se trocar, Priscila.
Eu puxei a coberta, fui descalça até a porta do closet e entrei. Peguei uma troca, meu uniforme e quando eu saí meu pai ainda estava no meu quarto, no mesmo lugar, me olhando e arrumando a manga da camisa. Eu fiquei parada, não sabia o que fazer e fiquei olhando pra ele. Ele olhou pro relógio e foi dobrar a outra manga.
— Pode se trocar.
Não sei até onde meu pai estava estressado, não sei o que ele queria, mas fui até a beirada da cama, soltei a roupa e desci meu short. Puxei a blusa de moletom que eu não tinha tirado, depois a camisa e depois o sutiã. Ele ficou me olhando, estava com a cara fechada e alternando entre meu rosto e meu corpo. Eu comecei a me vestir, ele sentou na poltrona perto da penteadeira e suspirou pensativo, mas não falou nada. Silenciosamente ele ficou me olhando. Me esperou colocar o tênis e até arrumar o cabelo.
— De casa pra escola, da escola pra casa. Entendeu? — Eu concordei em silêncio.
E sem dizer nada, ele tomou a frente e saiu. Comi sozinha na cozinha, escovei meus dentes e não vi a Sara. Não visualizei as mensagens do Luiz e esperei meu pai me levar.
Sabe, foi um trajeto silencioso. Meu pai não falou comigo, e eu comecei a me sentir mal. Ele me levou até a escola sem me dar um toque e sem fazer nada. Ele só parou o carro e me esperou descer, sem nenhuma despedida. E eu entrei, segurando a vontade de chorar. Tive de ir ao banheiro me esconder um pouquinho até conseguir engolir o choro.
Eu sei que fui pra casa do Luiz por vontade própria, mas nem de longe eu queria a repulsa do meu pai. Eu me lembrei de como ele ficou frio com a minha mãe nos últimos tempos, e eu senti, fortemente, um medo dele ficar assim comigo. Mas consegui me conter, consegui sobreviver aquele dia e esperei ele na porta da escola. E novamente ele me pegou, e não falou nada o trajeto inteiro.
Só quando chegamos, que descemos do carro, eu tive coragem de falar, antes dele atravessar a porta de entrada.
— Me desculpa, pai.
Ele respirou fundo, olhou pro chão com as mãos no bolso e pensou no que ia falar.
— Arruma as suas coisas. Você queria ir mais cedo pra casa da sua mãe, e eu vou te levar.
Pode parecer engraçado, mas era um dia gemendo e dez chorando. Parecia que meu pai estava me descartando. Eu realmente havia dito que ia mais cedo pra minha mãe, mas não naquelas condições. Ele não me tocava, não falava comigo direito e não fez nada. Eu chorava, guardava uma roupa na mala e chorava de novo.
O pior foi ver o rosto da Sara. Eu não sei onde ela estava e nem pra onde ela foi com o Felipe, só sei que quando ela voltou, o rosto dela estava horrível. Meu pai estava carregando o Felipe no bebê conforto e sumiu com ele pra dentro, enquanto a irmã dela foi levando umas malas pra dentro.
O rosto dela virou uma pelota vermelha, roxa e preta. Um lado estava deformado e aquilo chegou a me dar calafrios. Eu fiquei tão paralisada olhando pra cara dela, que ela percebeu e chorou na minha frente.
— Eu conversei com o seu pai. — Eu desviei o olho, e lá apareceu meu pai sem o Felipe nos braços. Ela olhou pra ele, encheu o olho d' água e depois olhou pra mim. — Não precisa ir embora por minha causa. — Eu não respondi nada, apenas me retirei e fui arrumar minhas malas. E lá ela começou a chorar pro meu pai. — Tá vendo? Eu tô tentando Jonas!
Eu fiz as malas, e continuei ignorando as mensagens do Luiz. Não sei o motivo. Eu tinha medo de dar atenção pra ele de novo e meu pai me rejeitar, estava também um pouco com vergonha… sei lá. Eu só fingi que não via.
Eu sei, hoje pensando bem havia várias soluções. Conversar. Ouvir. Entender. Ser paciente. Evitar surtos. Mas, eu não sabia o que fazer! Eu não sabia! Luiz não foi rude, não foi estúpido, mas o medo do meu pai me repudiar por estar com ele de novo, era grande. Eu não sabia como dizer para Sara que eu sentia tremores no meu corpo ao ver o rosto dela espancado, eu não sabia dizer pro meu pai que tinha ficado com medo. E o pior, medo de perder ele, não era medo da violência. Eu estava perdida, e não fazia idéia do que tinha que fazer.
Eu só chorava. Só chorava. Chorava no quarto, chorava esperando, bebia muita água, pouca comida… Até que na madrugada antes de ir embora, criei coragem e atendi uma das milhões chamadas do Luiz.
— Porra, atendeu! — Ele respirou fundo e eu do outro lado com o olho cheio d’agua. — Caralho, fiquei na porta daquela escola igual um fudido, cê nem olhou pra trás!
— Luiz, eu não posso falar agora. Aconteceu uma questão familiar urgente eu vou ter que ir ficar com a minha mãe.
— Porra, mas… Qual é, bonequinha? Que merda é essa agora? Caralho, eu não tô nem dormindo direito, e aí do nada um rolê? O quê é que está acontecendo? — Meu pai abriu a porta bruscamente. Eu assustei, o Luiz na outra linha e meu pai bateu a porta do quarto, andou muito rápido e tomou o telefone da minha mão. — Pai, não! Meu celular!
Ele nem falou nada, bateu o celular na beirada da cabeceira, pegou a beirada do meu abajur e desmontou meu celular. Eu fiquei sentada olhando ele desmanchar o negócio. Quando ficou só a carcaça desmontada, ele parou. Eu engoli triste, baixei o rosto e tentei limpar o rosto.
Sem eu esperar, ele veio pra cima de mim, segurou meu rosto com uma mão e apontou o dedo com a outra.
— Você nunca mais vai ver esse cara. Eu te faço morar com aquela desgraçada da sua mãe se você achar que eu sou palhaço. — Ele soltou minha cara, falou baixinho e, novamente, parecia que não tinha dormido.
Não respondi, e novamente apenas chorei. Ele saiu, e eu chorei. Amanheceu e eu chorei. Pegamos um taxi, fomos ao aeroporto, não quis comer, evitei conversar, mal dei respostas, e só continuei chorando. Eu parecia um robô funcionando no automático. E um pouco mais de três horas, chegamos no aeroporto. Meu pai alugou um carro e lá fomos nós pra cidade da minha avó, na chácara dela.
— Tá com fome? — Eu neguei. — Precisa comer alguma coisa se quiser ao menos continuar chorando. — Meu pai ainda estava bravo, mas parecia preocupado.
Ele fez uma parada, eu comi muito pouco, fui ao banheiro e retomamos a viagem. Eu queria perguntar o que ele ia fazer, onde ia ficar, mas estava impossível de conversar. E logo chegamos na chácara da minha avó. Vou pular a parte das boas vindas, mas o final não foi de todo ruim.
Meu pai levou minha última bolsa pro quarto onde eu ia ficar, eu fui olhar a janela e ele chegou do meu lado. Quando eu olhei pra cima, ele me pegou de surpresa, segurou minha cabeça e me beijou bem rapidinho. Eu olhei pra porta, não tinha ninguém, e a voz da minha mãe estava longe.
Ele pensou em dizer algo e eu também, mas não dava. Ele só virou as costas e foi embora. Eu saí nos fundos da casa, em tempo de ver ele manobrando o carro. Eu levantei a mão timidamente, ele passou á beira da estrada e retribuiu o aceno com discrição.
Aí eu chorei com um pouco menos de dor.
— Aí, Priscila, já deu né,? Uma guria de quinze anos chorando quando o pai vai embora. Acha…
A parte ruim já passou, o resto eu conto nos próximos relatos.
VOU PARAR POR AQUI PARA O CONTO NÃO FICAR MUITO GRANDE.
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Comentários (3)
Carioca Safado: Você teve muitos problemas amando o proibido, faltou dialogar e o principal que é compreender a situação em si, mas espero que tenha conseguido se encontrar e amadurecer esses sentimentos e o amor que tem dentro de você.
Responder↴ • uid:1dme4rtfb8owLancellotti: História bem envolvente que bom que você está conseguindo desabafar por aqui, não sei também se é real mas para mim parece ser, e conto foi pequeno tomara que você consiga escrever mais para a gente aqui.
Responder↴ • uid:gqbjxsg8iDegolas: Sem problemas N ter nenhuma parte erótica, espero que poder desabafar isso sirva como um alívio Que espor tudo isso te faça sentir melhor (não tenha ideia de quanto tempo tem esses acontecidos, e se são reais mesmos) Mas sua história me parece real de todo modo Parabéns pela escrita Sua história fica envolvente!!
Responder↴ • uid:16kkh5kqtzxs