Além do Escritório
Lucas sempre teve uma carreira promissora na empresa de publicidade onde trabalha, mas nunca imaginou que seu chefe.
A sexta-feira chegou, e com ela a tão esperada viagem de fim de semana para a cidade afastada. Lucas, sentado no banco de trás do carro de Rafael, tentava manter a compostura, mas uma sensação de nervosismo crescente o fazia mexer-se constantemente no assento. A viagem seria curta, cerca de 40 minutos até a chácara, mas para ele, parecia uma eternidade. Estar perto de Rafael, fora do escritório, em um ambiente mais descontraído, mexia com algo que ele tentava esconder há tempos.
Rafael dirigia com a mesma postura séria que sempre mantinha no escritório, com os olhos fixos na estrada. No banco do passageiro, Bento, outro colega de trabalho, estava distraído no celular, mas Lucas estava atento a cada movimento de Rafael. Cada curva, cada aceleração, cada vez que o chefe olhava para o retrovisor, parecia que seus olhos o procuravam, e Lucas se perguntava se isso tudo era apenas paranoia ou se algo mais estava começando a acontecer.
"O que você acha do churrasco amanhã?", perguntou Bento, quebrando o silêncio.
"Vai ser bom", respondeu Rafael, sem desviar os olhos da estrada. "Espero que todo mundo relaxe um pouco. A gente precisa disso."
Lucas olhou pela janela, tentando disfarçar a tensão crescente dentro de si. Ele estava ali por causa de seu trabalho, claro, mas uma parte dele sabia que aquilo não era apenas sobre o trabalho. Havia algo mais no ar, algo não dito, algo que ele não conseguia identificar direito, mas que o fazia sentir uma excitação estranha e ao mesmo tempo um medo sutil.
Chegaram à chácara à noite, quando a escuridão já havia tomado conta do lugar. As luzes suaves da casa se espalhavam pela varanda, e o som da natureza envolvia o ambiente de maneira tranquila. O ar fresco e o cheiro da terra molhada traziam um alívio para o estresse da semana de trabalho. Rafael estacionou o carro perto da entrada e, com um aceno de cabeça, pediu que todos saíssem.
"Vamos pegar as chaves e dar uma olhada nos quartos", disse Rafael, fechando o carro e caminhando em direção à porta da casa.
Lucas tentou se concentrar no simples ato de caminhar, mas seus olhos não conseguiam deixar de seguir Rafael, que se movia com uma elegância silenciosa. O fato de estarem fora do ambiente de trabalho, em um lugar isolado, parecia quebrar todas as barreiras que ele havia construído para manter a distância emocional.
Dentro da casa, as acomodações estavam organizadas: duas suítes, uma com uma cama de casal e uma cama de solteiro, e outra com dois beliches. Rafael se virou para olhar Lucas.
"Você vai ficar comigo no quarto maior", disse ele, antes que Lucas pudesse dizer algo. "Assim, posso garantir que a outra suíte não fique tão apertada."
Lucas engoliu em seco, tentando manter a calma. Ficar no quarto com Rafael? Isso estava além de qualquer coisa que ele pudesse ter imaginado. Ele queria protestar, dizer que não queria incomodar, mas as palavras não saíam.
"Claro", foi tudo o que conseguiu responder.
A tensão no ar era palpável, e ele sabia que, por mais que quisesse manter as coisas profissionais, algo estava prestes a mudar. Eles seguiram para o quarto, e a porta foi fechada atrás deles, deixando-os sozinhos naquele espaço que, de repente, parecia pequeno demais para a quantidade de sentimentos que estavam começando a surgir.
Rafael foi direto até a janela, puxando as cortinas para ver o jardim iluminado lá fora, enquanto Lucas ficou parado, tentando parecer casual, mas seu coração batia mais rápido a cada segundo.
"Você está bem?", perguntou Rafael, sem se virar. A voz dele, embora ainda firme, tinha algo de mais suave, como se ele também sentisse a tensão.
Lucas hesitou antes de responder, sentindo a necessidade de ser honesto, mas também com medo de revelar demais. "Sim... só... não estou acostumado a essas viagens."
"Entendo", disse Rafael, virando-se finalmente para encará-lo. "Eu também nem sei como me sinto em relação a isso, mas... é bom sair um pouco da rotina, certo?"
Lucas sentiu a palavra "rotina" pesar no ar, como se ela estivesse carregada de um significado não dito, e por um instante, ele se perdeu nos olhos de Rafael, que o observava com uma intensidade que o desconcertava.
O silêncio que seguiu foi quase palpável, e Lucas soubera, naquele momento, que não seria capaz de voltar atrás. Algo tinha mudado entre eles, e ele estava prestes a descobrir até onde isso os levaria.
continua...
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