Além do Escritório 3
Cena 3: A Tarde Romântica
O sol estava alto quando o almoço finalmente terminou, e a maioria dos funcionários estava ocupada, conversando, bebendo e se preparando para o churrasco da tarde. Lucas, no entanto, não estava com a cabeça na festa. Ele tinha se afastado do grupo, tentando dar uma chance para seus sentimentos se acalmarem. Ele precisava de um momento sozinho.
Foi então que ele cruzou com Bento novamente. Ele o encontrou no jardim da chácara, perto de uma pequena área com algumas cadeiras de balanço e uma mesa de madeira. O campo aberto e a tranquilidade do lugar criavam uma sensação de paz, um refúgio do tumulto de vozes que vinha da churrasqueira.
"Oi, você sumiu na festa", disse Bento, se aproximando com um sorriso amigável. "Estava pensando em dar uma volta por aí. Se você quiser... não sei, se distrair um pouco, talvez seja bom."
Lucas hesitou, mas o convite parecia genuíno, e ele não queria ficar sozinho com seus próprios pensamentos. “Eu... acho que uma caminhada pode fazer bem”, disse ele, tentando manter a calma.
Juntos, os dois seguiram para um caminho que levava a uma parte mais isolada da propriedade, onde havia árvores grandes e sombras frescas. O som da música e das risadas se distanciava cada vez mais, e o ar parecia mais pesado com a proximidade de Bento. Lucas podia sentir seu coração acelerando, mas tentava se convencer de que não havia nada demais nisso. Só estavam caminhando, não é?
Depois de algum tempo, chegaram a uma área mais privada, perto de um pequeno riacho que serpenteava pela chácara. O cenário era perfeito — árvores altas ao redor, o som suave da água e a luz dourada da tarde entrando pelas folhas.
"Que lugar incrível", comentou Bento, com um sorriso caloroso. "Ninguém mais está aqui, só a gente."
Lucas se sentou numa pedra perto do riacho, tentando se acalmar. Bento, ao contrário, parecia relaxado e sem pressa. Ele ficou de pé, olhando Lucas com um olhar suave, antes de se sentar ao lado dele.
"Você tem sido meio distante, Lucas", disse Bento, virando-se para ele. "Está tudo bem? Não parece ser você."
Lucas sentiu um nó se formando na garganta. Ele queria ser honesto, mas as palavras pareciam difíceis de sair. Como explicar o que estava acontecendo dentro dele? O quanto tudo estava confuso? E, ao mesmo tempo, como dizer que se sentia atraído por alguém que não deveria ser atraído, como se isso fosse errado?
“É... eu não sei, Bento", respondeu ele, finalmente quebrando o silêncio. "Tem sido complicado pra mim. Eu... não sei o que estou sentindo."
Bento o olhou com um olhar compreensivo, e por um momento, Lucas sentiu um alívio. Ele não estava sozinho nesse turbilhão. Bento parecia entender de algum jeito, como se tivesse visto através da fachada de Lucas.
“Você não precisa saber agora”, Bento disse, a voz tranquila. Ele se aproximou um pouco mais, a distância entre os dois encurtando de forma quase imperceptível. “Só... deixa as coisas acontecerem.”
Lucas olhou para ele, e foi nesse momento que as barreiras realmente começaram a cair. Ele podia sentir a energia ao redor deles, e algo o empurrou a dar um passo em direção a Bento. Algo que ele não havia sentido com Rafael.
Sem pensar, Lucas se aproximou mais e, antes que pudesse controlar, estava mais perto do que imaginava. O cheiro de Bento, a maneira como seus olhos brilharam sob a luz do sol, tudo parecia convidativo. E foi então que Bento, com um sorriso tímido, colocou a mão no rosto de Lucas, acariciando sua bochecha.
"Eu posso sentir que você está com medo", disse Bento, a voz suave e profunda. “Mas... eu estou aqui, Lucas. Eu não vou te julgar. Você pode confiar em mim.”
Lucas olhou para ele, sentindo a tensão no ar crescer. Seus corações batiam no mesmo ritmo, e ele não sabia mais se queria lutar contra isso ou simplesmente ceder.
Sem mais palavras, Bento se inclinou levemente, como se esperasse uma reação de Lucas. E Lucas, sem conseguir resistir, fechou os olhos e se aproximou, permitindo que seus lábios se tocassem pela primeira vez. O beijo foi suave no início, como se ambos estivessem tentando entender se aquilo era real. Mas logo se tornou mais intenso, mais urgente, à medida que as emoções de Lucas explodiam de dentro de si. A sensação de estar longe de tudo, de todos, de Rafael, de seus medos, fez com que ele se entregasse completamente ao momento.
Bento envolveu a mão na nuca de Lucas, aprofundando o beijo, e Lucas respondeu com a mesma intensidade. Não havia mais confusão, não havia mais hesitação. Por um momento, ele se sentiu livre. Livre para ser quem ele realmente era, sem as amarras da dúvida e da responsabilidade que o prendiam.
O beijo durou mais alguns instantes, até que ambos se afastaram, respirando pesadamente. O olhar que trocaram era cheio de compreensão e desejo não dito.
“Eu não esperava isso, mas...” Bento começou, com um sorriso tímido. “Foi bom.”
Lucas riu baixinho, ainda um pouco atordoado com o que acabara de acontecer. “Eu também não esperava, mas... sim, foi.”
Ambos ficaram em silêncio por alguns segundos, saboreando o momento, antes de se levantarem lentamente e começarem a caminhar de volta à chácara. Mas, agora, Lucas sabia que não seria mais o mesmo. Algo havia mudado dentro dele, e ele não sabia como poderia voltar atrás.
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