Henrique Traições e chantagem Parte Final.
O Henrique me encarou com uma mistura de triunfo e uma fome que eu nunca tinha visto. Ele respirou fundo, os olhos fixos no lugar onde escondi a carta entre os meus seios, e respondeu com a voz carregada de uma autoridade nova, sombria:
— "Eu não quero mais negociar migalhas, Luiza. O tempo de você me tratar como um estagiário acabou. Eu quero acesso total. Quero que você esqueça o Fabrício e foque em quem realmente te conhece. O preço do meu silêncio é a sua entrega. E não vai ser quando você quiser... vai ser quando eu mandar."
Enquanto ele falava, eu sentia o calor daquela carta contra a minha pele e não pude deixar de pensar no quanto eu estava gostosa naquele momento. O decote valorizava o que o Fabrício tinha acabado de explorar, e a adrenalina da chantagem estava deixando meus mamilos rígidos sob a seda. Eu me gabava por ter resistido às investidas dele por tanto tempo anos de negativas, de bronquinhas e de deboche. Ceder simplesmente porque ele pediu seria sem graça, uma derrota vergonhosa para uma mulher do meu calibre. Mas agora, o cenário era estratégico.
Minha mente de executiva começou a rodar em alta velocidade, calculando a barganha. Eu tinha três opções:
1. A Contra-Espionagem: Seduzi-lo apenas o suficiente para pegar o celular dele e apagar os arquivos originais e as fotos na nuvem.
2. A Rendição Controlada: Ceder aos poucos, transformando a chantagem dele em um jogo onde eu ainda ditasse as regras, dando-lhe "amostras grátis" para mantê-lo calado enquanto eu minava a confiança dele.
3. A Aliança Sinistra: Aceitar que o Henrique agora era meu cúmplice. Se ele sabia dos meus chifres no Roberto, ele agora era parte do segredo. E ninguém guarda melhor um segredo do que alguém que também está pecando.
Eu pensava que, se eu cedesse agora, eu perderia a autoridade de mãe para sempre, mas ganharia um aliado poderoso ou um escravo obcecado. Olhei para a musculatura dele, os um metro e noventa de pura testosterona, e comparei com o que eu tinha acabado de viver com o Fabrício. O Henrique era mais jovem, mais bruto, e a ideia de ser dominada pelo próprio filho, sob a ameaça de ruína total, trazia um prazer perverso que eu odiava admitir que estava sentindo.
— Você acha que um envelope de fotos te dá o direito de me possuir, Henrique? — perguntei, dando um passo à frente, encostando o meu peito no dele, sentindo o coração dele disparado. Você quer o meu corpo ou quer a minha humilhação? Porque o Fabrício teve o meu prazer. Para você, eu só tenho o meu desprezo... a menos que você saiba como me convencer do contrário.
Eu estava esticando a corda. Queria ver até onde ele iria. Eu sabia que se ele mostrasse as fotos para o Roberto, a vida de luxo dele também acabaria. Ele estava blefando com a própria herança, e eu ia usar isso para desarmá-lo.
— O primeiro pagamento vai ser agora, Luiza ele sussurrou, a mão descendo com força para a minha cintura, puxando-me contra o membro dele que já estava marcando a calça. Tira esse vestido. Eu quero ver o que o Valente viu, mas quero que você olhe nos meus olhos enquanto faz isso.
Eu sempre fui uma estrategista de primeira classe, e naquela noite, o meu escritório se transformou no tabuleiro onde eu jogaria a partida mais arriscada da minha vida. Eu olhei para o Henrique vi a mão dele tremendo levemente na minha cintura e percebi que, apesar de toda a musculatura e do envelope de fotos, ele ainda era um amador diante de uma mulher que domina a arte da manipulação.
Eu escolhi a Rendição Controlada. Se eu simplesmente tirasse o vestido como uma submissa, eu perderia o meu valor. Eu precisava que ele sentisse que, mesmo "pagando", ele ainda estava sob o meu feitiço.
— "Você quer que eu tire o vestido, Henrique?" eu disse, com a voz carregada de uma sensualidade maternal e sombria. "Você quer ver o que o Fabrício viu? Tudo bem. Mas você vai aprender que o preço do silêncio não é apenas olhar... é entender quem é que realmente está no comando aqui."
Eu não tirei o vestido. Usei a minha lábia para desarmá-lo. Caminhei até a poltrona de couro do meu escritório, sentei-me devagar e cruzei minhas coxas grossas, fazendo o tecido de seda subir até o limite.
— "O Fabrício foi apenas um corpo, Henrique. Um prazer de ocasião. Mas você... você quer a minha alma, não é?" — comecei, enquanto desabotoava apenas os dois primeiros botões do vestido, revelando a carta que ele escreveu, ainda úmida do calor do meu colo. "Se você mostrar essas fotos para o Roberto você destrói a vida dele, a minha e a sua mesada de herdeiro. Mas se você guardar esse segredo, você se torna o meu único confidente. O único homem nesta casa que sabe quem a Luiza é de verdade."
Eu o chamei com o dedo. Ele veio, hipnotizado. Quando ele parou na minha frente, eu peguei a mão dele e a coloquei sobre o meu coração.
— "O seu primeiro pagamento não vai ser sexo, querido. Isso é o que você consegue com as garotas vulgares da academia. Comigo, o pagamento é a cumplicidade."
Eu me levantei, ficando bem próxima dele, e sussurrei: "Eu vou te dar algo que o Fabrício nunca terá: eu vou deixar você me ver sendo infiel de novo. Você vai ser os meus olhos. Vai me ajudar a esconder os meus rastros do seu pai, e em troca... em troca, eu vou deixar você explorar cada centímetro desse corpo que você tanto cobiça, mas do meu jeito. Começando agora."
Puxei a cabeça dele para o meu decote. Deixei que ele sentisse o cheiro da minha pele e que ele me beijasse ali, de forma desesperada, enquanto eu acariciava o cabelo dele como se estivesse premiando um bom aluno. Eu estava transformando o meu chantageador no meu cúmplice. Agora, ele não podia me entregar sem se entregar também. Eu o envolvi em uma teia de prazer e culpa tão densa que o envelope de fotos tornou-se o nosso pacto de sangue.
— "Agora vá para o seu quarto, guarde essas fotos em um lugar onde ninguém, além de nós, as encontre" ordenei, limpando o rastro de saliva dele do meu decote com um sorriso vitorioso. "Amanhã na academia, quero você treinando dobrado. Afinal, você agora tem uma rainha para proteger... e para satisfazer quando ela decidir que você merece."
Eu administrei o caos e saí por cima. O Henrique achou que tinha me pegado, mas na verdade, ele tinha acabado de se tornar o meu guarda-costas mais leal e o meu brinquedo mais perigoso.
Eu sabia que não podia baixar a guarda. Enquanto o Henrique saía do meu escritório com aquele ar de quem tinha conquistado o mundo, minha mente de executiva já estava em modo de contenção de danos. "Será que ele tem cópias?", eu me perguntava. "Um garoto que cresceu no mundo digital não deixaria apenas um envelope físico como prova". Eu precisava eliminar qualquer rastro digital, invadir o celular dele, a nuvem, o que fosse necessário. O Henrique era sangue do meu sangue, e eu sabia que ele tinha herdado a minha astúcia.
A dinâmica na academia mudou drasticamente. Eu continuava usando meus macacões de cirrê e poliamida, cada dia mais provocantes, mas agora o Henrique não me olhava apenas com ciúmes; ele me olhava com posse. Entre uma série e outra de agachamento, ele se aproximava, fingindo me orientar, e sussurrava coisas que faziam meu sangue ferver:
— "As fotos estão seguras, Luiza... mas eu quero mais que imagens. O pagamento no escritório foi só o aperitivo. Eu quero te levar para um motel, quero você sem pressa, sem o papai por perto e sem o Valente na jogada."
Nas festas da alta sociedade que frequentávamos, a tensão era palpável. Eu, de braços dados com o Roberto, desfilava em vestidos longos com fendas vertiginosas, e o Henrique ficava ao fundo, como uma sombra, vigiando cada homem que se aproximava. Ele estava ficando audacioso. Em um evento beneficente, ele me encurralou no corredor que levava aos banheiros.
— "Você está deliciosa nesse vestido, mãe. O Roberto não faz ideia da mulher que tem, mas eu sei. E eu quero comer você hoje. Inventa uma desculpa, diz que está com dor de cabeça e vamos sair daqui. Eu já vi um lugar discreto"
ele disse, a voz rouca, pressionando o corpo dele contra o meu na parede fria de mármore.
Eu sentia o perigo aumentando. A barganha da "cumplicidade" que eu criei estava começando a cobrar juros altos. Eu precisava agir rápido: ou eu cedia de uma vez para ganhar tempo e destruir as cópias das fotos enquanto ele estivesse distraído pelo prazer, ou eu teria que bolar um plano ainda mais diabólico para desmoralizá-lo antes que ele abrisse a boca.
— "Você é muito impaciente, Henrique" respondi, ajeitando a fenda do meu vestido e olhando-o nos olhos com um desafio letal. "Um motel é lugar de gente comum. Se você quer a rainha, vai ter que aprender a esperar pelo banquete real. Mas primeiro, me dê seu celular. Quero ver se você apagou as fotos originais como prometeu, ou se ainda está tentando me enganar."
Eu estava jogando com a sorte. Se eu conseguisse o aparelho, a vantagem voltaria para mim. Caso contrário, eu estaria a um passo de entrar em um quarto de motel com o meu próprio filho, selando um destino sem volta.
Eu sabia que precisava ser cirúrgica. Se houvesse uma cópia sequer daquelas fotos em algum servidor, eu estaria nas mãos do Henrique para sempre. Durante o evento, enquanto o Roberto conversava com outros empresários, usei minha melhor arma: a sedução psicológica.
— "Henrique, se você quer me levar para um motel, se quer realmente me ter como homem, você precisa me provar que é digno da minha confiança total," sussurrei, encostando meus lábios na orelha dele. "Um homem que guarda armas contra a própria mulher que deseja não é um amante, é um carcereiro. E eu não me entrego a carcereiros."
Ele hesitou. O ego dele estava em guerra com a luxúria. Naquela noite, ele não me entregou o celular, mas a semente da dúvida foi plantada. Ele queria o meu prazer, não apenas o meu corpo sob coação.
Alguns dias depois, a tensão explodiu. O Fabrício Valente apareceu na academia e, ignorando a presença do Henrique, veio até mim enquanto eu fazia extensora. Eu estava com um macacão degradê roxo, extremamente justo, que deixava minhas coxas grossas com um brilho acetinado.
— "Luiza, a suíte de amanhã está reservada. O mesmo horário," — disse o Fabrício, com aquela voz sexy que sempre me desarmava.
O Henrique, que estava fazendo rosca direta ao lado, soltou o peso com um estrondo que ecoou por todo o salão. Ele caminhou até nós, o rosto vermelho, a musculatura saltando.
— "Ela não vai a lugar nenhum com você, Valente. A Luiza tem outros compromissos... comigo," — rosnou o Henrique, encarando o deus grego de frente.
O Fabrício deu uma risada irônica, medindo o Henrique de cima a baixo. "E desde quando a sua mãe precisa de um guarda-costas para os negócios dela, garoto?"
Eu intervi antes que o sangue corresse. "Fabrício, o Henrique está apenas sendo zeloso. Vá na frente, eu te ligo." Administrei a situação com a minha lábia habitual, mas assim que o Fabrício se afastou, o Henrique me pegou pelo braço com uma força que quase me tirou o fôlego.
— "Chega de papo, Luiza. Ou você entra no meu carro agora e vamos resolver isso num motel, ou o seu querido Roberto recebe o presente dele por e-mail em dez minutos. Eu tenho tudo programado para envio automático. A escolha é sua: a minha cama ou o divórcio."
Eu olhei para ele e percebi que o blefe tinha acabado. Ele tinha se cercado de garantias tecnológicas. Minha única opção estratégica agora era a rendição total para destruição interna. Eu precisava estar com ele, em um lugar onde ele baixasse todas as defesas, para eu finalmente apagar aquela prova.
— "Tudo bem, Henrique. Você venceu. Vamos para o seu motel," respondi, com um olhar de quem aceitava a derrota, mas já planejava a próxima jogada. "Mas saiba que, depois que você cruzar essa linha, não existe mais volta para nenhum de nós dois. Você está pronto para ser o homem que destruiu a própria família pelo desejo de ter a mãe nos braços?"
— "Eu já destruí a família na minha cabeça há muito tempo, Luiza. Agora só falta você," ele respondeu, me puxando em direção à saída.
Saímos da academia sob os olhares curiosos, eu com meu macacão colado e ele com sua fúria juvenil. O caminho até o motel foi um silêncio sepulcral, apenas o som da respiração pesada dele. Eu pensava: "Vinte e três anos de casada, várias traições escondidas, e agora meu próprio filho é quem vai me levar ao limite."
Entramos na suíte do motel, um lugar luxuoso, com espelhos por todos os lados que refletiam meu macacão roxo colado e a fúria nos olhos do Henrique. Ele jogou a chave na mesa e se virou para mim, bloqueando a porta. Minha mente de executiva trabalhava a mil por hora: eu precisava daquelas fotos. A transa, para mim, seria o selo de uma derrota que eu não estava disposta a aceitar, então minha estratégia era o "desvio".
— "Antes de qualquer coisa, Henrique... o celular," eu disse, mantendo a voz firme e autoritária, a voz da mulher que comanda uma empresa. "Você disse que estava programado para envio automático. Eu quero ver. Quero saber que, se eu me entregar a você aqui, o meu segredo morre com você."
Ele hesitou, mas a luxúria estava deixando-o vulnerável. Ele tirou o aparelho do bolso. "Está aqui, Luiza. Está tudo numa pasta oculta e programado para disparar se eu não fizer o check-in no sistema em duas horas."
Eu me aproximei devagar, deixando que o cheiro do meu perfume e o balanço do meu bumbum no macacão o distraíssem. Coloquei a mão sobre a dele, sentindo o calor da pele dele.
— "Me mostra," pedi, baixinho. "Me mostra como você fez. Eu sempre admirei a sua inteligência, mesmo quando você a usa contra mim."
Ele desbloqueou o aparelho. Vi as miniaturas das fotos eu e o Fabrício no carro, no hotel... o meu estômago embrulhou, mas mantive o rosto de mármore. Enquanto ele navegava pelo aplicativo de automação para me mostrar o "timer" do envio, eu vi a minha chance.
— "Nossa, Henrique... você realmente pensou em tudo," eu disse, fingindo um suspiro de admiração e encostando meu corpo no dele, fazendo-o perder o foco por um segundo. "Mas e se a gente fizesse um trato diferente? Em vez de você me forçar... por que você não me prova que é melhor que o Valente na lábia também?"
Eu estava tentando ganhar tempo. Meus olhos rastreavam o código de desbloqueio que ele digitou. 4-8-1-5. Gravei na memória. Eu precisava que ele largasse o telefone, mesmo que fosse por um minuto.
— "Chega de enrolar, Luiza. Tira esse macacão," ele ordenou, a voz falhando pelo desejo. Ele colocou o celular sobre a mesa de cabeceira e começou a tirar a camisa, exibindo o peitoral que ele tanto malhava na academia.
Eu comecei a abrir o zíper frontal do meu macacão, bem devagar, revelando o início dos meus seios. Ele ficou hipnotizado, a respiração pesada.
— "Sabe, Henrique... se você me comer por chantagem, você nunca vai saber se eu gostei ou se eu só estava protegendo o meu pescoço. Você quer mesmo que a nossa primeira vez seja um crime?" provoquei, usando minha lábia para ferir o ego de "macho alfa" dele. "Por que você não vai tomar um banho rápido? Tira o suor da academia, se prepara como um homem que vai conquistar uma rainha... e eu te espero aqui, já sem nada."
Ele parou. O orgulho dele falou mais alto. Ele queria que eu o desejasse, não que eu o temesse.
— "Dois minutos, Luiza. Se você tentar fugir ou trancar a porta, eu aperto o botão do celular por voz," ele disse, caminhando em direção ao banheiro, mas deixando o celular na mesa.
Assim que a porta do box fechou e o som da água começou, eu pulei na direção do aparelho. Meus dedos voaram. 4-8-1-5. Desbloqueado. Entrei na galeria, selecionei tudo e apaguei. Fui na lixeira, apaguei de novo. Entrei no aplicativo de e-mail, cancelei o agendamento. Minhas mãos tremiam, o coração parecia que ia saltar pelo macacão.
Mas eu sabia que ele não era burro. Tinha que ter uma cópia na nuvem. Eu precisava de mais tempo. Ouvi o barulho do chuveiro fechar.
O barulho da água parou. Eu estava com o celular dele na mão, as palmas suando. Eu já tinha limpado a galeria e o agendamento de e-mail, mas meus olhos vasculhavam desesperadamente os ícones em busca do Google Drive ou do iCloud. Achei. Entrei na nuvem, o coração batendo na garganta. Lá estavam elas: as fotos do meu pecado original, o chifre no Roberto documentado em pixels frios.
Eu selecionei a pasta inteira. "Excluir". O sistema pediu a confirmação. "Excluir permanentemente".
Nesse exato momento, a porta do banheiro se abriu. O Henrique saiu apenas de toalha, o vapor do banho quente o seguindo, os músculos do peito e dos braços ainda vermelhos da água quente e do treino da academia. Ele parou no meio do quarto, os olhos cravando nos meus. Ele me viu com o celular na mão.
— "Você não consegue evitar, não é, Luiza?" ele disse, com uma calma que me deu calafrios. "Acha mesmo que eu sou tão ingênuo a ponto de deixar a única coisa que me dá poder sobre você solta em uma mesa?"
Eu joguei o celular sobre a cama, voltando à minha postura de rainha, mesmo sentindo que o chão estava desaparecendo.
— "Eu só estava confirmando o que eu já sabia, Henrique. Que você é um covarde que precisa de muletas digitais para encarar a própria mãe," respondi, cruzando os braços sobre o macacão roxo que ainda estava com o zíper entreaberto.
Ele caminhou até a cama, pegou o celular e deu um sorriso de canto que me gelou a espinha.
— "Apagou a galeria? Apagou o agendamento? Até a nuvem principal?" ele riu, uma risada seca. "Luiza, eu sou da geração que nasceu com um chip na cabeça. Eu criei um servidor privado espelhado. Você pode quebrar esse celular agora, e as fotos ainda estarão seguras em um HD externo que eu escondi na academia, dentro do meu armário, programadas para disparar se eu não fizer o check-in manual amanhã cedo."
Ele jogou o celular de lado e deu um passo na minha direção, a toalha ameaçando cair. O plano de apagar as fotos tinha falhado. Eu estava sem cartas na manga. A minha lábia, que sempre me salvou com o Roberto e com o Fabrício Valente, parecia não ter efeito contra o sangue do meu próprio sangue.
— "O tempo das manobras acabou, Luiza. Eu não sou o seu marido que acredita em qualquer desculpa de investidor, e não sou o Fabrício que se contenta com uma carona e um beijo no pescoço," ele sussurrou, a voz vibrando na minha frente. "Agora, tira esse macacão de uma vez. Ou você me mostra que o prazer de uma mulher experiente vale o meu silêncio, ou amanhã o Roberto descobre que a esposa dele é a maior vadia da elite paulistana."
Eu olhei para ele, para o vigor físico dele, para a obsessão doentia que brilhava naqueles olhos. Percebi que, para destruir as cópias físicas na academia, eu teria que levá-lo ao ponto de exaustão total, onde ele baixasse a guarda por completo. Eu teria que ser a melhor amante que ele já imaginou, para depois dar o bote final.
— "Tudo bem, Henrique," eu disse, a voz num tom de seda perversa, levando as mãos aos ombros e deslizando o macacão para baixo, revelando meus ombros e o início do meu busto. "Mas saiba de uma coisa: você queria ser o homem da casa. Pois agora você vai ter que aguentar as consequências de possuir uma mulher que não conhece limites. Depois dessa noite, o seu pai nunca mais será o mesmo para mim... e você nunca mais terá paz."
A toalha dele caiu. Eu me vi diante do abismo. Vinte e três anos de casamento estavam prestes a ser sacrificados no altar daquela luxúria proibida.
Eu sabia que, se era para ser derrotada, eu cairia como uma rainha, ditando o ritmo da minha própria ruína. O Henrique podia ter as fotos, mas ele não tinha a experiência. Ele era força bruta; eu era estratégia pura.
Quando o macacão roxo caiu aos meus pés, restando apenas a minha pele clara e o conjunto de lingerie preta que eu usava por baixo, vi o impacto que o meu físico causava nele. Meus quarenta e quatro anos não pesavam; pelo contrário, minhas coxas grossas e o tônus que a academia me deu pareciam hipnotizá-lo.
Ele avançou como um animal. O físico dele era assustadoramente perfeito: um metro e noventa de músculos densos, o abdômen trincado e aquela piroca pulsante, jovem e vigorosa, que denunciava o quanto ele me desejava. Ele me jogou na cama e se posicionou por cima, mas eu o travei com as mãos no peito.
— "Não se apresse, Henrique. Se você quer o banquete, vai comer devagar," sussurrei, usando a minha voz mais sedutora para manter o controle da situação.
Começamos um jogo de posições que eu sabia que o levaria ao limite. Comecei por cima, cavalgando com a elegância de quem domina a montaria. Eu sentia cada centímetro dele me preenchendo, uma sensação de invasão que misturava ódio e uma luxúria que eu tentava reprimir. Minha mente gritava: "Não goze, Luiza. Não dê a ele esse gosto". Eu queria manter o distanciamento emocional, queria que fosse apenas uma transação, mas o vigor dele era difícil de ignorar.
Ele me virou de lado, na posição de "conchinha", puxando minha perna para cima e entrando com uma força que fazia a cama de carvalho estalar. Depois, me colocou de quatro, a minha posição favorita com o Fabrício, e ali ele foi brutal. Ele segurava meu quadril com as mãos imensas, deixando marcas que eu teria que esconder do Roberto por semanas.
— "Você é minha, Luiza! O Valente nunca te teve assim!" ele gritava, a voz rouca de puro êxtase.
Eu cerrava os dentes. O prazer físico era imenso, uma corrente elétrica que percorria minhas pernas, mas eu lutava contra o orgasmo. Eu não queria entregar a minha alma para o meu chantagista. Eu mudei para o papai-e-mamãe, envolvendo minhas pernas grossas na cintura dele, tentando cansá-lo, sugando toda a energia daquele corpo jovem.
Passamos por todas as posições. Eu usava a minha boca, as minhas mãos, a minha lábia, tudo para mantê-lo em um estado de transe onde ele esquecesse o celular, as fotos e o mundo lá fora. Eu via o suor escorrendo pelo peito dele, via os olhos dele revirando enquanto eu administrava o prazer dele com a precisão de uma cirurgiã.
— "Você... você é incrível..." ele balbuciou, prestes a explodir.
No momento final, quando ele descarregou tudo dentro de mim com um grito de vitória, eu permaneci de olhos abertos, olhando para o teto. Eu tinha sobrevivido. Ele estava exausto, entregue, o "macho alfa" reduzido a um garoto sonolento pós-coito.
Era a minha chance. Enquanto ele recuperava o fôlego, com a guarda totalmente baixa pela primeira vez em semanas, eu deslizei para fora da cama, agindo como se fosse apenas buscar um copo de água, mas meus olhos estavam fixos no armário onde ele guardava as chaves do carro e da academia.
O jogo não tinha acabado. Eu tinha acabado de dar a ele o que ele queria, e agora era a hora de eu pegar o que era meu por direito.
Eu não cheguei ao topo do mundo corporativo sendo reativa; eu cheguei lá sendo três passos mais rápida que meus adversários. Enquanto o Henrique capotava na cama, exausto e entorpecido pelo prazer que eu acabei de proporcionar, minha mente já desenhava a jogada de mestre. O banho de suor dele era a minha janela de oportunidade.
Eu peguei o celular dele na mesa de cabeceira — ele estava tão confiante na sua vitória que nem se preocupou em escondê-lo dessa vez. Mas eu não ia apenas apagar fotos de novo. Eu precisava de contra-chantagem. Precisava de algo que destruísse a reputação dele tão rápido quanto as minhas fotos destruiriam a minha.
Peguei o meu próprio celular e fiz uma ligação rápida para o Vitor, um "personal trainer" de luxo que eu sabia que fazia serviços extras para mulheres da minha estirpe. Ele me devia favores.
— "Vitor, preciso de você no Motel Mirage, suíte 42, em dez minutos. Entra pelos fundos, eu já liberei a sua entrada no app. Traz aquela câmera profissional e não faz barulho. Tenho um 'projeto' para você."
Enquanto o Vitor não chegava, eu observava o Henrique dormindo. Ele parecia tão inofensivo ali, um gigante de um metro e noventa derrubado pela própria luxúria. Dez minutos depois, o Vitor entrou na suíte. Ele olhou para o Henrique, depois para mim — eu estava apenas de roupão de seda, com um olhar de gelo.
— "O que é isso, Luiza? O seu filho?" — Vitor sussurrou, chocado.
— "Não faça perguntas, Vitor. Só faça o seu trabalho."
Eu posicionei o Vitor. O plano era diabólico. Eu fiz o Vitor tirar a camisa e se deitar por trás do Henrique, como se estivessem em uma concha íntima. Tirei fotos deles dois juntos, em ângulos que sugeriam uma noite de prazer entre dois homens. Se o Henrique queria me chamar de "vadia" para o pai dele, eu mostraria ao Roberto que o filho "garanhão" dele tinha gostos que o patriarca conservador jamais aceitaria.
— "Pronto. Agora vai embora," ordenei ao Vitor, transferindo as fotos para o meu drive seguro.
Com o celular do Henrique em mãos, usei o dedo dele que estava em sono profundo para desbloquear o aparelho uma última vez. Encontrei o endereço do servidor espelhado. Deletei tudo. Não deixei rastro. E para garantir, mudei a senha de acesso ao HD externo da academia remotamente, algo que aprendi nas minhas reuniões de TI.
Quando terminei, sentei-me na poltrona à frente da cama, cruzei minhas pernas grossas e esperei ele acordar. Eu tinha o celular dele na mão direita e o meu na esquerda.
— "Acorda, Henrique. O café da manhã da realidade chegou," eu disse, a voz cortante como uma navalha.
Ele abriu os olhos, confuso, e depois sorriu, lembrando-se da noite. — "Gostou do pagamento, Luiza? Pronto para a segunda rodada ou vai querer ver o e-mail sendo enviado?"
Eu mostrei a tela do meu celular para ele. As fotos dele com o Vitor.
— "O e-mail não vai a lugar nenhum, querido. Suas cópias foram deletadas e o seu servidor está bloqueado. E se você ousar abrir a boca sobre o que aconteceu aqui ou sobre o Fabrício, essas fotos chegam ao grupo de WhatsApp da diretoria do clube e ao e-mail do seu pai em cinco segundos. Como você acha que o Roberto vai reagir ao saber que o herdeiro dele estava em um motel com um garoto de programa enquanto a mãe 'trabalhava'?"
O rosto dele ficou pálido. O "macho alfa" tinha caído na armadilha de uma loba.
— "Você... você é um monstro, Luiza," — ele balbuciou, percebendo que agora a coleira estava no pescoço dele.
— "Não, Henrique. Eu sou a sua mãe. E eu acabei de te dar a lição mais importante da sua vida: nunca tente chantagear quem inventou as regras do jogo."
A partir de agora, o Henrique seria meu cúmplice silencioso. Ele me odiaria, mas me obedeceria. E o melhor de tudo? Eu ainda tinha o Fabrício Valente me esperando para o "banquete" real.
Os dias seguintes foram como caminhar sobre um lago congelado: uma superfície de paz absoluta, mas com o som do gelo estalando a cada passo. Em casa, o clima era de uma normalidade coreografada. O Roberto continuava o mesmo marido previsível, focado em seus negócios, sem desconfiar que, sob o teto da sua mansão, o equilíbrio de poder havia mudado para sempre.
O Henrique murchou. Na mesa de jantar, ele mal levantava os olhos do prato. A arrogância do "macho alfa" que me prensava contra a parede tinha sido substituída por um ressentimento silencioso e um medo latente. Eu o observava com um prazer sádico, bebendo meu vinho e comentando sobre amenidades. Ele sabia que, se desse um passo em falso, a imagem de "filho de ouro" dele seria pulverizada pelas fotos que eu guardava no meu cofre digital.
— "Você está tão quieto, Henrique. O treino na academia está te deixando exausto?" eu provocava, soltando um sorriso cínico que só ele entendia.
— "É só cansaço, mãe," ele respondia, a palavra "mãe" agora saindo como um veneno amargo da sua boca.
Na academia, eu recuperei meu trono. Voltei a usar meus macacões mais ousados um dia era um modelo vermelho sangue com transparências laterais, no outro um cinza mescla que deixava minhas coxas grossas com um aspecto monumental. Eu desfilava pelo salão sabendo que o Henrique estava me vigiando, mas agora ele não era mais meu carcereiro; era meu cão de guarda. Se algum garoto se aproximava demais, ele intervinha, mas bastava um olhar meu para ele recuar, lembrando-se de quem detinha as cartas.
Foi então que o Fabrício Valente reapareceu.
Ele veio ao meu encontro perto do rack de halteres, exalando aquele perfume caro e aquela confiança de quem sabe que deixou marcas.
— "Você sumiu depois daquela carona, Luiza. O 'seminário' foi tão produtivo assim?" ele perguntou, a voz sexy e baixa, aproximando-se o suficiente para que eu sentisse o calor do seu corpo. "A suíte ainda está à nossa disposição. Eu não sou homem de aceitar apenas uma noite como resposta."
Eu olhei para o lado e vi o Henrique travado, as veias do pescoço saltadas enquanto segurava um par de halteres de trinta quilos. Ele queria voar no pescoço do Fabrício, mas o medo da minha contra-chantagem o mantinha pregado no chão.
— "Fabrício," eu disse, ajeitando a alça do meu macacão e deixando minha mão roçar propositalmente no braço dele. "Os negócios foram intensos, mas eu sempre reservo tempo para os melhores investimentos. Me ligue amanhã. Talvez eu tenha uma brecha na agenda para... uma auditoria completa."
Eu estava jogando em duas frentes. Tinha o filho sob controle e o amante na palma da mão. A adrenalina de ser uma mulher de quarenta e quatro anos, casada há vinte e três, e comandar dois homens poderosos (e um marido alheio) era o que me mantinha mais jovem do que qualquer procedimento estético.
No final daquela semana, o Henrique me segurou na lavanderia, longe dos olhos dos empregados.
— "Até quando você vai me torturar com o Valente na minha frente, Luiza? Você já conseguiu o que queria. Apagou as fotos, tem as minhas... por que continua provocando?"
Eu cheguei perto dele, arrumando a gola da camisa dele com uma delicadeza cruel.
— "Porque eu posso, Henrique. E porque você precisa entender que a sua 'revolução' acabou. Agora, você vai ser o filho perfeito. Vai tirar notas boas, vai ser o orgulho do Roberto e, quando eu precisar que você cubra as minhas saídas com o Fabrício ou com qualquer outro, você vai fazer com um sorriso no rosto. Entendido?"
Ele fechou os olhos, derrotado. Eu tinha transformado a tentativa de chantagem dele no meu maior trunfo de liberdade rsrs.
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